um repertório imperfeito
de sabores amarelos
pode contar uma vida quase inteira
não fossem as partes que jogamos fora
propositalmente descartadas
como se não fossem nada
cascas
sementes
quase sempre onde ficam
as melhores histórias
"Maracujá é um relicário de relembranças, um álbum de fotografias, um diário encontrado numa casa (talvez nunca) abandonada, em versos que vasculham rastros e estilhaços. Mais do que falar de uma experiência, é escrito que se funda na própria experiência, “talvez uma palavra que já venha com gosto”. A nos lembrar do abecedário de Gilles Deleuze, que aponta a escrita como a possibilidade de “ir em direção à infância do mundo e restaurar esta infância”, afirmada como a singularidade do acontecimento, o imprevisível, o impensável, ou um milagre."
Gabriela Romeu
"Cara pessoa leitora, essa foi a primeira vez que vi o maracujá como maracujá. Assim, para nada. Sem ser para acalmar, nem para mousse, nem suco crocante com capim cidreira. Nem a folha do chá, nem a planta da cerca. Vi maracujá casca, polpa e semente. E foi assim que encontrei a flor. Aqui, a flor é tudo o que excede. A flor é tudo o que cresce entre o poema-leitura e esse poema-escritura."
Ângela Castelo Branco
"Em toda linguagem habita um cosmos, um conjunto de forças, e, como em uma construção em abismo, somos sempre relançados a galáxias não imaginadas, talvez por vezes apenas pressentidas. E é pela poesia que se revela uma fração desse infinito. Pois aqui, neste livro, a poeta nos leva a provar dimensões sinestésicas várias guardadas na linguagem; assim, todo um outro corpo é fecundado e somos apresentados a sabores amarelos, toques cítricos, perfumes aveludados, paisagens espessas, viscosas sonoridades: bocas, peles, narizes, olhos, orelhas de Maracujá."
Ciro Lubliner
FICHA TÉCNICA
Gênero Poesia
Páginas 112
Formato 122 x 180 mm
ISBN 978-65-86042-63-4
um repertório imperfeito
de sabores amarelos
pode contar uma vida quase inteira
não fossem as partes que jogamos fora
propositalmente descartadas
como se não fossem nada
cascas
sementes
quase sempre onde ficam
as melhores histórias
"Maracujá é um relicário de relembranças, um álbum de fotografias, um diário encontrado numa casa (talvez nunca) abandonada, em versos que vasculham rastros e estilhaços. Mais do que falar de uma experiência, é escrito que se funda na própria experiência, “talvez uma palavra que já venha com gosto”. A nos lembrar do abecedário de Gilles Deleuze, que aponta a escrita como a possibilidade de “ir em direção à infância do mundo e restaurar esta infância”, afirmada como a singularidade do acontecimento, o imprevisível, o impensável, ou um milagre."
Gabriela Romeu
"Cara pessoa leitora, essa foi a primeira vez que vi o maracujá como maracujá. Assim, para nada. Sem ser para acalmar, nem para mousse, nem suco crocante com capim cidreira. Nem a folha do chá, nem a planta da cerca. Vi maracujá casca, polpa e semente. E foi assim que encontrei a flor. Aqui, a flor é tudo o que excede. A flor é tudo o que cresce entre o poema-leitura e esse poema-escritura."
Ângela Castelo Branco
"Em toda linguagem habita um cosmos, um conjunto de forças, e, como em uma construção em abismo, somos sempre relançados a galáxias não imaginadas, talvez por vezes apenas pressentidas. E é pela poesia que se revela uma fração desse infinito. Pois aqui, neste livro, a poeta nos leva a provar dimensões sinestésicas várias guardadas na linguagem; assim, todo um outro corpo é fecundado e somos apresentados a sabores amarelos, toques cítricos, perfumes aveludados, paisagens espessas, viscosas sonoridades: bocas, peles, narizes, olhos, orelhas de Maracujá."
Ciro Lubliner
FICHA TÉCNICA
Gênero Poesia
Páginas 112
Formato 122 x 180 mm
ISBN 978-65-86042-63-4