Para os adeptos de uma boa leitura, Os Filhos Bastardos de Luzanira - livro de contos do Otacílio Amaral Filho - é uma excelente opção. Trata-se de uma coletânea de vinte e um contos que levam o leitor a diversas viagens pela Amazônia colocando-o em contato virtual com seus rios, florestas, fauna, povos indígenas, cultura e a maravilhosa culinária típica da região. Concentra praticamente todos os seus casos na cidade de Santarém e redondezas, relembrando lugares que hoje não existem mais, assim como, amigos que se espalharam pelo mundo afora. Resgata, também, brincadeiras e estripulias que faziam na época de garotos nas andanças pelos rios. São histórias muito agradáveis de se ler, conduzindo o leitor a imaginar como era, naquele tempo, a cidade e o comportamento das pessoas. Essas viagens ocorrem através de cada conto e seu trajeto começa com a história do boto, lenda muito famosa na região, em que este golfinho dos rios da Amazônia se transforma em homem, seduz e engravida as mulheres. Luzanira e algumas suas amigas foram seduzidas, “vítimas” deste cetáceo namorador. Com muita perspicácia Otacílio introduz em dois de seus contos, a violência colonial e os problemas sofridos pelas populações indígenas no relacionamento com os povos das cidades, como em “Nativa” e “Amazônida”. Eduardo Mussi
Para os adeptos de uma boa leitura, Os Filhos Bastardos de Luzanira - livro de contos do Otacílio Amaral Filho - é uma excelente opção. Trata-se de uma coletânea de vinte e um contos que levam o leitor a diversas viagens pela Amazônia colocando-o em contato virtual com seus rios, florestas, fauna, povos indígenas, cultura e a maravilhosa culinária típica da região. Concentra praticamente todos os seus casos na cidade de Santarém e redondezas, relembrando lugares que hoje não existem mais, assim como, amigos que se espalharam pelo mundo afora. Resgata, também, brincadeiras e estripulias que faziam na época de garotos nas andanças pelos rios. São histórias muito agradáveis de se ler, conduzindo o leitor a imaginar como era, naquele tempo, a cidade e o comportamento das pessoas. Essas viagens ocorrem através de cada conto e seu trajeto começa com a história do boto, lenda muito famosa na região, em que este golfinho dos rios da Amazônia se transforma em homem, seduz e engravida as mulheres. Luzanira e algumas suas amigas foram seduzidas, “vítimas” deste cetáceo namorador. Com muita perspicácia Otacílio introduz em dois de seus contos, a violência colonial e os problemas sofridos pelas populações indígenas no relacionamento com os povos das cidades, como em “Nativa” e “Amazônida”. Eduardo Mussi