A frase de Alain que serve de título a este livro foi o mote de um curso ministrado por Jacques Derrida em seu início de carreira como professor na Sorbonne, no ano letivo de 1960-1961. Pensar é dizer não compreende os manuscritos relativos a tal curso, repletos de rasuras e indicações.
A caligrafia de Derrida, muitas vezes ilegível, exigiu um grande esforço de decifração por parte dos editores franceses, que, para esse fim, lançaram mão até mesmo de programas de computador. O resultado – do que passou a ser a obra inaugural do corpus derridiano – é publicado agora pela primeira vez em português, traduzido com proficiência por Alexandre Carrasco, com a manutenção dos traços de oralidade característicos de anotações para palestras em sala de aula e o respeito ao texto original e à organização visual dos manuscritos.
Partindo da pergunta “O que é o pensamento?”, Derrida analisa todos os meandros que envolvem a frase de Alain, transpassando-a para distinguir a dupla sim/não, para além de um par supostamente simétrico, como uma questão fulcral da própria filosofia e perscrutar a “crítica radical da crença” alainiana, segundo a qual paramos de pensar ao dizer “sim”.
Nesta época em que a fronteira entre pensamento e crença é por vezes tão difícil de delimitar, tal leitura ganha ainda mais força e interesse.
A frase de Alain que serve de título a este livro foi o mote de um curso ministrado por Jacques Derrida em seu início de carreira como professor na Sorbonne, no ano letivo de 1960-1961. Pensar é dizer não compreende os manuscritos relativos a tal curso, repletos de rasuras e indicações.
A caligrafia de Derrida, muitas vezes ilegível, exigiu um grande esforço de decifração por parte dos editores franceses, que, para esse fim, lançaram mão até mesmo de programas de computador. O resultado – do que passou a ser a obra inaugural do corpus derridiano – é publicado agora pela primeira vez em português, traduzido com proficiência por Alexandre Carrasco, com a manutenção dos traços de oralidade característicos de anotações para palestras em sala de aula e o respeito ao texto original e à organização visual dos manuscritos.
Partindo da pergunta “O que é o pensamento?”, Derrida analisa todos os meandros que envolvem a frase de Alain, transpassando-a para distinguir a dupla sim/não, para além de um par supostamente simétrico, como uma questão fulcral da própria filosofia e perscrutar a “crítica radical da crença” alainiana, segundo a qual paramos de pensar ao dizer “sim”.
Nesta época em que a fronteira entre pensamento e crença é por vezes tão difícil de delimitar, tal leitura ganha ainda mais força e interesse.