Vida de Henry Brulard é o relato da infância e da adolescência de Stendhal, um dos maiores escritores franceses, no ambiente repressivo de uma família burguesa no final do século XVIII. A narrativa se estende até a época em que o jovem deixa Grenoble e faz a descoberta da Itália, para ele um acontecimento extasiante e que o marcaria pelo resto de sua vida. O autor começou a escrever estas memórias quando já tinha cerca de 50 anos e estava justamente na Itália. O período vivido em Grenoble é narrado com muitos detalhes, mas também com uma grande dose de imaginação. Escrevendo com emoção e sinceridade, indignação e clareza, o autor acaba por fazer o retrato de um coração rebelde. A mãe, que morreu quando ele tinha 7 anos; o pai, voltado apenas para suas próprias ambições sociais; a tia, que parecia ser dedicada somente a crueldades; o avô, de quem se aproxima – esses são alguns dos muitos personagens da narrativa, que também se ocupa de acontecimentos políticos e históricos tal como percebidos pelo jovem Stendhal. Na busca da reconstituição do que considerava importante para seu relato, o autor valeu-se também do desenho, esboços para registrar cômodos das casas, seus móveis, ruas, construções, elementos da paisagem próxima e assim por diante. O texto permaneceu inacabado, não chegou a adquirir uma forma final, guardando características de um primeiro impulso de escrita, com toda sua espontaneidade. E só foi publicado muito tempo após a morte do ator. Vida de Henry Brulard é colocado por muitos entre as obras-primas de Stendhal, que aqui se apresenta como um personagem melancólico, inteligente, irônico, radical e aristocrático, tal como alguns dos jovens heróis de seus romances.
Vida de Henry Brulard é o relato da infância e da adolescência de Stendhal, um dos maiores escritores franceses, no ambiente repressivo de uma família burguesa no final do século XVIII. A narrativa se estende até a época em que o jovem deixa Grenoble e faz a descoberta da Itália, para ele um acontecimento extasiante e que o marcaria pelo resto de sua vida. O autor começou a escrever estas memórias quando já tinha cerca de 50 anos e estava justamente na Itália. O período vivido em Grenoble é narrado com muitos detalhes, mas também com uma grande dose de imaginação. Escrevendo com emoção e sinceridade, indignação e clareza, o autor acaba por fazer o retrato de um coração rebelde. A mãe, que morreu quando ele tinha 7 anos; o pai, voltado apenas para suas próprias ambições sociais; a tia, que parecia ser dedicada somente a crueldades; o avô, de quem se aproxima – esses são alguns dos muitos personagens da narrativa, que também se ocupa de acontecimentos políticos e históricos tal como percebidos pelo jovem Stendhal. Na busca da reconstituição do que considerava importante para seu relato, o autor valeu-se também do desenho, esboços para registrar cômodos das casas, seus móveis, ruas, construções, elementos da paisagem próxima e assim por diante. O texto permaneceu inacabado, não chegou a adquirir uma forma final, guardando características de um primeiro impulso de escrita, com toda sua espontaneidade. E só foi publicado muito tempo após a morte do ator. Vida de Henry Brulard é colocado por muitos entre as obras-primas de Stendhal, que aqui se apresenta como um personagem melancólico, inteligente, irônico, radical e aristocrático, tal como alguns dos jovens heróis de seus romances.